Segurança que protege ou aprisiona?

Em muitos ambientes profissionais, vemos talentos silenciosos, extremamente competentes, comprometidos, mas que parecem estar à margem das decisões, das promoções e do reconhecimento. Não por falta de habilidade, mas por algo mais sutil e profundo: a busca por segurança.

O desejo de se sentir seguro é humano. Todos queremos estabilidade, previsibilidade e um lugar onde possamos atuar sem ameaças ou julgamentos constantes. Mas, quando essa necessidade se torna o centro das decisões de um profissional, ela pode gerar um efeito colateral perigoso: a invisibilidade.

🔹 O medo do risco inibe a ação.
Evitar se expor em reuniões, recuar de projetos desafiadores ou não se posicionar diante de conflitos pode parecer uma escolha prudente — mas, com o tempo, essas atitudes apagam a presença do profissional. Ele deixa de ser lembrado, ouvido, considerado.

🔹 A zona de conforto não promove crescimento.
Estar em um lugar seguro é confortável, mas o crescimento exige movimento. Exige certa dose de vulnerabilidade, coragem para errar e disposição para ser visto — com todas as potências e, também, imperfeições.

🔹 A liderança exige visibilidade.
Não é possível liderar sem aparecer. Liderar envolve comunicação, influência, exemplo. E isso exige presença. Visibilidade não é autopromoção vazia, é ocupar seu espaço com consciência e propósito.

Então, a grande provocação é:
o quanto a sua busca por segurança tem te mantido em silêncio? E o que esse silêncio tem te custado?

É possível se proteger sem se esconder. É possível buscar estabilidade sem abrir mão da própria potência. E é possível ser estratégico sem deixar de ser visível.

🌱 Comece por pequenos passos:

  • Fale em uma reunião.
  • Compartilhe uma ideia.
  • Reconheça seu valor antes de esperar que alguém o faça.
  • Lembre-se: visibilidade é ferramenta, não vaidade.

Em tempos em que se fala tanto em protagonismo, talvez o primeiro ato de coragem seja este: escolher sair da invisibilidade.

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